Bolinho de chuva é uma especialidade típica tanto em Portugal como no Brasil. É feito de farinha de trigo, ovos, leite e fermento químico ou bicarbonato de sódio. Os bolinhos são fritos em óleo quente e polvilhados com canela e açúcar. O sabor é similar a Bola de Berlim, conhecido no Brasil como sonho.
O bolinho de chuva tornou-se mais conhecido no Brasil graças ao programa de televisão Sítio do Picapau Amarelo, onde a cozinheira Tia Nastácia sempre fazia esses bolinhos para Pedrinho, Narizinho e para a boneca de pano Emília.
Temos várias histórias sobre a origem do bolinho de chuva. Uma visita ao Google Web revela 118 mil referências, enquanto o Google Imagens apresenta 64 mil imagens do produto. Selecionamos a história abaixo, disponível no http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070525073229AAvAcFc.
“Em sua versão original, no final do século XVIII, a receita do Bolinho era feita com mandioca ou cará. O trigo era pouco, caro, vinha de Portugal, e raras eram as receitas com a “Farinha do Reino”. Em compensação, o bolinho era feito com muitos ovos, açúcar, leite, frito em gordura de porco. Tinha muitos nomes carinhosos como Quero Mais, Quero Quero, Desmamados. Nunca teve a pretensão de ser doce de Sinhá, nem ter a delicadeza dos complicados pontos de caldas, das massas moldadas durante horas por mãos finas e delicadas. Sua vocação sempre foi o sabor e o encanto dos olhos das crianças, que ansiavam pela hora em que eles saíam dos tachos dos fogões de lenha, quando eram generosamente polvilhados com açúcar e canela perfumada. Descontraídos, afetivos, leves, por muito tempo foram a comida do entrudo, do carnaval de então. Eram chamados de Filós de Carnaval, assim, com sotaque português. Levavam o sabor de mãos escravas e, talvez por isso, alguma sinhazinha ciumenta tenha lhes apelidado de Bolinhos de Negra. Muitas escravas saíram do anonimato para ligar seus nomes a essa receita, homenagem que atravessou os séculos: ainda se encontram cadernos de receitas onde ele é chamado de Bolinhos da Negra Ambrósia ou da Negra Marcionila. A mais famosa entre as autoras do Bolinho foi sem dúvida criada por Monteiro Lobato. Não há episódio entre as histórias do Sítio do Picapau Amarelo que não termine com Narizinho, Emília e Pedrinho comendo os Bolinhos de Tia Nastácia. Lembra infância. Porque bolinho de chuva? Alguém, em alguma tarde de chuva do século XX, disse, que os bolinhos traziam a alegria às horas em que não se podia correr ou brincar nos quintais por causa do tempo chuvoso”.
Nas 118 mil referência disponíveis no Google encontramos várias receitas dos bolinhos, inclusive no programa Mais Você da Ana Maria Braga do dia 19 de julho de 2000. Ver link da receita (http://www.youtube.com/watch?v=z1WeBlheHv8).
Não iremos apresentar receitas, escolham a sua através de uma rápida pesquisa no Google. Nosso objetivo com este post é reforçar a presença de produtos disponíveis no mercado Brasil que valorizam e preservam a verdadeira cozinha afetiva, e nada mais afetiva que um bolinho de chuva, a mais perfeita tradução da nossa memória afetiva culinária. Neste contexto temos os bolinhos de chuva da Dona Benta (www.donabenta.com.br/sitio), lançados em 2002, em 3 sabores (Tradicional, Fubá e Banana), de fácil preparo e com aval do Sítio do Picapau Amarelo.
Também disponível no mercado do Sul e Sudeste o bolinho de chuva do Moinho Globo (www.moinhoglobo.com.br) na versão Tradicional.