Nunca entendi a razão do nome “requeijão cremoso” para aqueles produtos pastosos, insossos e branquelos comercializados em copos de plástico ou vidro. Enfim, deve ser em função da minha memória baiana afetiva culinária, onde requeijão é um queijo típico da região do nordeste brasileiro, sólido, macio, suculento, amarelinho, de sabor amanteigado, forte e incomparável e casca levemente rija que, geralmente, tem as iniciais de quem o produz marcadas com ferro em brasa. Em Pernambuco é conhecido como queijo-manteiga e no Rio Grande do Norte como requeijão do sertão ou requeijão do norte.
Requeijão com pão, com bolacha cream cracker, levemente assado no garfo, por cima de um ovo frito ou puro são recordações inesquecíveis de uma infância culinária que procuro manter viva, mesmo estando longe da Bahia. Como estamos em São Paulo, na capital de São de Paulo, nada fica longe, aqui tudo é possível de ser encontrado nos milhares de locais espalhados pela cidade, onde a origem do produto é um diferencial de venda. Requeijão, por exemplo, direto de Vitória da Conquista, igualzinho ao encontrado no nordeste, está disponível no Box 99 do Mercado da Lapa (Rua Herbart, 47 – Lapa). O mais curioso é o nome do Box, La Romanina (Fone: 11 3834-1072), de origem italiana, porém o grande destaque é o requeijão, produto tipicamente nordestino, tipicamente do Brasil.
Palato de ler escrito muito escrito e também com objecto
relevante à que gosto. O seu tem tudo isso e também por consequência vou ler outro artigo agora.