“… na barraca de peixes entrefechou os olhos aspirando de novo o cheiro de maresia dos peixes, e o cheiro era a alma deles depois de mortos …”
“… as peras estavam tão repletas delas mesmos que, nessa maturidade elas quase estavam em seu sumo … comprou uma e ali mesmo na feira deu a primeira dentada na carne da pera que cedeu totalmente … sabia que só quem tinha comido uma pera suculenta a entenderia.”
Clarice Lispector – Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (Editora Rocco – 1998)